Seria bom se os pais entendessem que as crianças necessitam de atenção. Muitas precisam fazer verdadeiras acrobacias para atraírem a visão deles para si. Os estudos mostram que as crianças que não recebem atenção e carinho suficientes poderão desenvolver algum tipo de comportamento disfuncional na adolescência e na fase adulta. É neste período onde muitos começam a colher os frutos da negligência no cuidado com seus filhos.
A carência afetiva poderá levar muitos jovens a se envolverem cedo demais com relacionamentos amorosos e esbarrarem em um casamento precipitado. Muitas vezes a relação é totalmente alicerçada na necessidade de atenção. O namorado oferece, espontaneamente, tudo que a garota sempre quis receber em casa: um abraço, um colo, disposição para ouvir, uma boa conversa, etc. Isto acaba levando a uma ligação mais doente do que amorosa, pois ela ver nele o "remédio" para um vazio que sempre incomodou.
Pais que não atentam para seus filhos, não conversam, não oferecem carinho, podem perdê-los para qualquer "namoradinho(a)" que se mostre atencioso(a). A necessidade de sair de casa tão cedo, para morar com o namorado, parece estar muito mais relacionado à falta de atenção recebida no lar, do que ao sentimento puro de amor. Isto porque o amor sabe esperar o momento certo e não age por precipitação. Um relacionamento firmado na necessidade de atenção do outro poderá conduzir a uma relação de dependência.
Pais que não atentam para seus filhos, não conversam, não oferecem carinho, podem perdê-los para qualquer "namoradinho(a)" que se mostre atencioso(a). A necessidade de sair de casa tão cedo, para morar com o namorado, parece estar muito mais relacionado à falta de atenção recebida no lar, do que ao sentimento puro de amor. Isto porque o amor sabe esperar o momento certo e não age por precipitação. Um relacionamento firmado na necessidade de atenção do outro poderá conduzir a uma relação de dependência.
Algumas crianças começam a desenvolver comportamentos problemáticos já na infância, deixando os pais intrigados e preocupados. Muitas, por se sentirem preteridas ou desconsideradas, se tornam agressivas, cometem pequenas infrações (roubos de objetos de amigos ou familiares), isolam-se, agridem, não conseguem ter bom relacionamento com os pares, etc. Quando os pais levam estes pequenos ao atendimento psicológico, se deparam com o problema da falta de atenção para com eles.
As alegações são as mais diversificadas possíveis, quando querem justificar a "falta de tempo" para seus filhos. Muitos dizem que trabalham muito, que precisam manter a casa, que não podem conciliar o trabalho com a assistência aos filhos, etc. Todas estas desculpas são coerentes, mas não podem justificar o dano causado à vida psicológica da criança em desenvolvimento. Tão importante quanto suprir as necessidades materiais da família é prover um bom apoio emocional para as crianças. Filhos não sobrevivem apenas com roupas novas, celulares, vídeo games e computadores. Eles carecem de abraço, beijo, conversa, carinho e atenção. Quem negligencia isto corre o risco de ter filhos adultos ricos em desejos materiais e pobres em habilidades emocionais.
Talvez seja necessário comentar sobre as adolescentes que se apegam de forma tão exagerada aos namorados, que desistem da própria vida, para viver a deles. Há um grito de uma juventude abalada emocionalmente, que suspira atenção e cuidado a qualquer custo. Vive buscando conforto nos amigos, nos bares, nas drogas e nos namoros. Muitas vezes, mergulha em um oceano de lágrimas amargas, sem conseguir encontrar alívio para o coração carente.
Os pais "antigos" que não tinham computadores portáteis nem televisão de LED; que não se comprometiam tanto com os negócios, a ponto de negligenciar a atenção dos filhos; que sentavam ao final do dia e chamavam as crianças pelo nome, para saber como foram na escola e o que "aprontaram"; tiveram menos filhos problemáticos e receberam mais amor deles, quando necessitaram.
Os pais "modernos" não precisam renunciar aos confortos da atualidade nem necessitam parar de trabalhar. Eles carecem aprender a priorizar aquilo que realmente deve ser valorizado. Do que adianta se matar pelo trabalho, se os filhos poderão "morrer" pela falta de cuidado? Se o importante é ter filhos amáveis e bem sucedidos emocionalmente, então que cuidem deles enquanto são tenros e indefesos.
Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160 Contato: (83) 8745 4396.
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