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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Eu creio na Meritocracia!

Não posso deixar de acreditar que o mérito conta muito, mesmo diante de qualquer facilidade que algum sistema proporcione. E concordo, também, que muitos saem na frente desde o nascimento, na corrida para o sucesso, mas isto não isenta os seus atributos, esforços e méritos. Sair na frente não significa ser premiado pela sorte, mas ter uma vantagem a mais que deve ser aproveitada e mantida. Não creio que isto deva ser motivo para atribuir à sorte ou ao Estado a condição para o fracasso ou o sucesso. Do contrário, o que dizer dos que largaram na frente e desistiram, neglicenciando as oportunidades, e se negando a continuar batalhando? E os que poucas chances tiveram, mas persistiram, venceram preconceitos e obstáculos e chegaram ao topo? Isto não conta como mérito?

É claro que a meritocracia não pode ser vista como única fonte para o progresso, mas não me sinto capaz de desvalorizá-la. O Governo erra grandemente em não desenvolver políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades, mas ele nunca poderá incutir nas pessoas o esforço que as impulsona em direção à vitória. Se 100 alunos de classe média, da mesma cor, que tiveram as mesmas oportunidades, concorrerem igualmente num grande concurso público, apenas os que estudaram mais, se dedicaram mais e passaram mais horas diante dos livros lograrão bons resultados. Isto não é mérito?

Então, posso afirmar olhando de um ângulo paradoxo que as oportunidades ajudam muito, mas o esforço individual, a dedicação, a busca e tudo que compõe o mérito, assume um papel preponderante e até imprescindível na conquista dos objetivos. E por falar em mérito, o que dizer das pessoas com deficiência que nasceram limitadas, mas não se deixaram limitar pelas dificuldades? Os atletas paraolímpicos que venceram depois de tantas tentativas, treinos e esforços não devem ser honrados pelo mérito que conquistaram?

Sem ser extremista, portanto, reconheço sem qualquer dificuldade a necessidade de investimentos públicos em melhorias educacionais e sociais, mas entendo que qualquer obstáculo poderá ser transposto pela vontade, dedicação e esforço. Que uns precisem lutar mais para conseguir os mesmos objetivos é fato, mas não aceito que isto exclua os méritos (mesmo que menores) de quem lutou menos, por ter tido mais oportunidade. Não creio que deva desmerecer o mérito mesmo que reconheça a desigualdade das oportunidades. 

O que, também, não quero deixar de enfatizar é que em ambos os ambientes (mais e menos favoráveis ao sucesso) podem existir pessoas meritosas e "sortudas", mas jamais atribuirei o sucesso ao acaso, sem considerar cada medida de esforço individual. Mesmo que todas as oportunidades se abram, nenhuma será proveitosa para o preguiçoso e negligente, mas para o persistente (independente da cor ou condição social) qualquer fresta poderá ser transformada em uma grande porta.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160.   contato: (83) 98745 4396.

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