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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Demência

A demência deve ser entendida muito mais como um conjunto sintomatológico do que como uma doença. Na verdade, diversas áreas funcionais são comprometidas na pessoa em estado demencial. Há declínio cognitivo, queda considerável no processo de memória, comportamentos "estranhos", e, paulatinamente, vai surgindo a incapacidade de tomar conta da própria vida. Evidentemente, a demência acomete mais pessoas idosas, mas isto não isenta os mais novos (apesar da raridade) de serem vitimados por este mal.

Quando se fala em demência geralmente se pensa na doença de Alzheimer, mas entenda-se que o processo demencial poderá ocorrer em outras circunstâncias. O uso de drogas poderá levar jovens a estados demenciais, assim como infecções com o vírus HIV. Quando existe uma degeneração cerebral, independente da causa, há, consequentemente, uma queda parcial ou total das capacidades cognitivas, levando a um estado demencial.

Comumente, quando alguém começa a declinar cognitivamente, logo se faz comparação entre seu estado mental e sua idade. Quando a idade de tal pessoa está caracterizada pela velhice, direciona-se a uma investigação de quadro demencial provocado por doenças compatíveis com o envelhecimento. A doença de Alzheimer, por exemplo, é muito mais frequente em pessoas acima de 65 anos. 

Na idade adulta deve-se investigar quaisquer indícios de demência sempre levando em consideração alguma doença que tenha se estabelecido no cérebro. Infecções causadas por qualquer agente que possa estar alojado no cérebro poderá levar a sequelas semelhantes a doença de Alzheimer, sem necessariamente tratar-se dela. A demência poderá surgir, também, após uma lesão cerebral causada por acidente (TCE). 

Em qualquer fase da vida, deve-se ficar atento para problemas  frequentes relacionados a esquecimento de fatos recentes, perda de habilidades comuns, perda da capacidade de aprender, dificuldade em organizar ou realizar tarefas complexas e fugas ou mudanças rápidas no assunto.

A avaliação neuropsicológica assume, cada vez mais, um papel importante no diagnóstico precoce de um estado demencial. Através da observação clínica, anamnese e aplicação de uma bateria de testes neuropsicológicos, é possível investigar comprometimentos das funções neuropsicológicas (memória, atenção, funções executivas, etc) de cada individuo.

Na demência, tanto em jovens quanto em idosos, a avaliação neuropsicológica auxilia e, em muitos casos, antecipa o diagnóstico, tornando o tratamento mais eficaz. Mesmo em casos em que não se possa falar em cura, quando o diagnóstico é antecipado é possível um planejamento de reabilitação bem mais eficaz do que em um diagnóstico tardio, com sequelas mais intensas.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP13/6160 Contato: (83) 8745 4396.

6 comentários:

  1. ultimamente tenho sentido perda de muitas coisas, como vontade de reaproximar dos "amigos"tenho perdido animo de pregar, ler e também de caminhar,perder o pique de trabalhar e ate mesmo de dialogar e fazer novos amigos , acredito eu que tenha sido devido a ingratidão serra estes o motivo ou só estou trocando as bolas

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  2. Pode ser que você esteja vivendo um momento depressivo. É bom investigar mais.

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  3. Texto excelente! Ontem mesmo estava tentando pesquisar sobre o Alzheimer devido ao caso do ex-pugilista Maguilla.
    Minhas perguntas são:
    1. Existe algum fator genético (hereditariedade) em relação ao Alzheimer?
    2. Esportes que causam traumas no crânio e face podem gerar o Alzheimer?

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  4. Olá Smile. Obrigado pela leitura e elogios.

    Quanto aos seus questionamentos, o fator genético conta muito na etiologia do Alzheimer. Há quem diga, inclusive, que se trata de uma doença genética.
    Os esportes que causam trauma, podem, dependendo da lesão (precisa haver TCE), gerar muitas complicações cerebrais, no entanto, a doença de Alzheimer é algo degenerativo de causa principalmente genética.
    É bom lembrar que as pesquisas mostram que quanto mais as pessoas exercitam o cérebro (leitura, estudos, etc) menos possibilidade possuem em desenvolver a doença.

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  5. Obrigada pelo esclarecimento, tio! Abração!

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