Maus comportamentos, fracos relacionamentos.

Manter um relacionamento por muitos anos é o desejo de muitos que firmam parcerias amorosas. No início tudo fica bem e parece "mil maravilhas". Mas, com o passar do tempo, o desgaste surge e as partes começam a "se estranhar", como se nem fossem conhecidos. Cada um passa a agir como se o outro fosse um estranho e, em muitos casos, um inimigo. Então, o que ontem era uma relação de "amor", hoje beira o ódio. Segundo pesquisadores da área, alguns comportamentos podem favorecer o fim dos relacionamentos.

Críticas, principalmente a respeito da aparência ou dos hábitos do parceiro, poderá ser o primeiro aqui observado. Muitos casam tão rápido e tão apaixonados que se esquecem de observar alguns hábitos do outro. Deixam a "paixão" ofuscar os "defeitos" ou as "coisas pouco suportáveis". Mas, ao longo da convivência, a paixão tende a falhar na sua missão de "cegar" e, então, começam a aparecer as falhas do companheiro.

Neste caso, é importante saber que alguns comportamentos do outro não serão mudados pela crítica repetida e persistente. Esse tipo de comentário tende a desgastar a relação, provocando pequenas discussões e gerando conflitos. Se tem algo "desagradável" no outro, não será o discurso depreciativo que irá modificar. Algumas pessoas acabam sustentando certos hábitos, pela emoção da raiva que é ativada diariamente, quando seus companheiros criticam. A raiva poderá aumentar, se a reclamação for feita em público ou de forma humilhante.

Postura defensiva é outro comportamento que prejudica muitos casais. Geralmente alimentada pela dúvida, esta forma de agir em relação ao parceiro torna o relacionamento "chato". Passa-se a ter uma visão de que o outro sempre está tentando derrubar ou ofender. Então, para toda atitude (e, às vezes, até louvável) existe uma defesa desnecessária. 

Isto não apensas desgasta a relação, mas torna-se completamente desprovida de afeição. Sem afetos positivos nenhum casamento sobrevive. A partir do momento que um cônjuge enxerga o outro como uma ameaça, os laços matrimoniais correm sérios riscos de serem desfeitos. Casais que se amam, não necessitam "se defender" entre si.

Competição é outro erro aberrante cometido nos relacionamentos. Um começa a querer mostrar que sabe, que é melhor, que tem mais ou que é mais honesto que o outro. Inicia-se uma guerra nervosa dentro do ambiente onde duas pessoas deveriam estar gastando tempo com planejamentos de como se ajudarem mutuamente.

Na competição, os casais quebram os concertos firmados sob impulsos do amor. Paulatinamente, vão transformando o relacionamento em um movimento em defesa da individualidade. Casais não precisam tanto de bens individuais quanto necessitam estar juntos, crescendo e se amando.

Falta de elogios é o clímax da falta de alimento para uma relação duradoura. Um deixa de enxergar aquilo que o outro tem ou faz de agradável. Mesmo que goste e se sinta bem, não consegue mais elogiar, dizer que está muito bom ou fazer um gesto de reconhecimento. 

A falta de elogios é aliada da crítica, da postura defensiva e da competição. Juntos, estes comportamentos têm a função de agredir os bons relacionamentos. Eles são os principais responsáveis pelos casamentos desfeitos, desgastados e cansados.

O antídoto para estes males é simplesmente a atitude oposta: procurar suportar ou descobrir uma maneira menos danosa que a crítica, na hora de trazer à tona algo que não agrada; reconhecer que a união conjugal existe para somar, ao invés de pensar no outro como rival; antes de tentar se defender, lembrar que os interesses do casal devem ser únicos e indissociáveis.

A aceitação, a valorização do outro, a união e o elogio são atitudes indispensáveis na manutenção de qualquer relacionamento.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160.     contato: (83) 8745 4396.