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segunda-feira, 11 de março de 2013

Ansiedade de Separação

Trata-se de um transtorno de domínio ansioso mais comum em crianças pequenas. É caracterizado, principalmente, por nervosismo ou perturbações evidenciadas quando a criança necessita ficar distante de seus pais ou cuidadores. Torna-se mais evidente no período de inclusão da criança na escola. Existe muito choro, desespero e pedido para não ficar longe dos pais. Dependendo da gravidade, fica muito difícil a adaptação da criança na vida escolar.

Quando há ansiedade de separação, a criança costuma acordar durante a noite, após ter sonhado algo sobre a escola, pedindo para que os pais não a deixem ir mais estudar. Para ser caracterizada como ansiedade de separação é necessário que as perturbações tenham duração superior a quatro semanas, que tenham seu início antes dos 18 anos e que haja considerável prejuízo na vida escolar.

Deve haver uma distinção entre este transtorno e uma simples birra da criança em permanecer na escola. Neste último, à medida que ela vai se juntando aos coleguinhas, vai querendo permanecer com eles e se envolver nas brincadeiras. A duração da aparente ansiedade é curta e o problema é logo resolvido. 

A escola necessita ter habilidade para lidar com estes problemas, evitando que a criança ansiosa seja mais prejudicada por uma tentativa de forçá-la a permanecer sozinha no recinto escolar. Geralmente, quando há o transtorno, a criança poderá ficar todo o tempo da aula chorando, muitas vezes, em desespero. Neste caso, procurar ajuda de um profissional da psicologia poderá ser necessário. 

As pesquisas mostram que as crianças de pais ansiosos, principalmente daqueles que sofreram de ansiedade de separação, na infância, têm mais chances de desenvolver o transtorno. Pais superprotetores, que vivem o tempo todo a serviço de suas crianças, podem facilitar o desenvolvimento de ansiedade de separação. As crianças com este tipo de transtorno exigem muito dos pais. Elas são intrusivas e vivem cobrando atenção. Muitos pais precisam aprender a dizer não, algumas vezes, para seus filhos. Isto poderá ser terapêutico. 

Para lidar com a Ansiedade poderá ser necessária a intervenção de um psicólogo e, dependendo da gravidade, até de um psiquiatra, pois pode ser que haja necessidade de intervenção farmacológica. Quanto mais depressa os pais procurarem ajuda, mais rápido e fácil o problema poderá ser resolvido

Vale lembrar que o transtorno de ansiedade de separação não é um problema tão comum. Sua prevalência, segundo pesquisas, é de 4% em crianças e adolescentes. Portanto, é bom entender que nem todo choro é problema, nem toda birra é transtorno, nem todo pedido de criança deve ser atendido. É preciso ter discernimento para distinguir estas coisas. Na dúvida, deve-se procurar ajuda profissional.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160  Contato: (83) 98745 4396.




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