Pesquise um tema aqui

segunda-feira, 18 de março de 2013

Um vilão chamado estresse

O estresse caracteriza-se por um descontrole no funcionamento psicofisiológico, causando desconforto no desenvolvimento das tarefas cotidianas, e anulando, paulatinamente, o ânimo, o interesse e a capacidade para realização de tarefas que antes eram feitas com facilidade. Está estressado pode ser semelhante a caminhar  carregando um pesado fardo sobre os ombros.

Citado por muitos como uma doença da modernidade, o estresse pode ter sua origem principalmente na sobrecarga de atividades, sem intervalos regulares de descanso. Certamente estas causas podem ser muito mais especificadas, se forem analisadas à luz da medicina. Entretanto, didaticamente, deve-se compreender que toda vez que alguém faz algo continuamente por longo período, está exposto à ação do estresse.

Em termos mais simples, o estresse pode ser entendido como uma agitação do organismo para executar determinada tarefa. Então, quando alguém corre, pula, pratica esporte, trabalha ou faz qualquer outra coisa, está levando seu corpo à agitação. Pode-se entender isto como um período de estresse, necessário para o bom funcionamento do organismo. O perigo ocorre quando não se respeitam os limites do corpo, que exigem intervalos regulares de descanso. 

O corpo humano, portanto, para funcionar perfeitamente, necessita de alternâncias entre agitação e repouso. Muitas pessoas, por não cumprirem esta regra, deparam-se com situações de desgaste físico e mental, acarretando complicações em todas as áreas da vida. 

O estresse afeta mais que o corpo e a mente. Ele prejudica a interação familiar, social e profissional. Uma pessoa estressada, além de ter sua vida marcada pela angústia da falta de sossego, tem suas relações interpessoais abaladas pela intolerância, irritabilidade e agressividade. 

O estresse é responsável por transformar pessoas pacíficas em assassinas. Ele tem sido o maestro das brigas de casais, dos conflitos no trânsito, das desavenças nos locais de trabalhos e até entre religiosos. 

Não existe imunidade contra o estresse, mas pode existir prevenção. Há tratamento, desde que a pessoa seja capaz de reconhecer sua necessidade. O estressado perde o sabor pela vida. Não desfruta do paladar, não consegue ouvir, não raciocina corretamente e não pode participar de um bom diálogo entre amigos, sem se irritar ou provocar o outro. O estressado é um pobre em atitudes de compreensão, é exigente além do necessário, enxerga erro onde não existe e vê fracasso em tudo que os outros fazem. É um fraco vestido com uma couraça de ferro.

Quem tem estresse pode perder o sono, a vitalidade, a saúde, os amigos, a família, o carinho da esposa e dos filhos, o emprego e a própria vida.

Os sinais de alerta são: intolerância, irritabilidade, discussões persistentes, insônia, perda do prazer sexual, aceleramento dos batimentos cardíacos, etc.

Os apelidos mais comuns do estressado são: chato, exigente, rabugento, ranzinza, pavio curto e perturbado. 

Um acompanhamento psicoterapêutico pode ajudar a pessoa estressada a se recuperar. Em muitos casos a intervenção  sugerirá mudança de hábitos e redução da jornada de trabalho. Muitas vezes é necessário lembrar ao paciente que de nada adianta uma conta bancária muito boa se não existe tempo para usufruir dela. Tem pessoas que ficam tão estressadas para acumular uma fortuna que esquecem que precisam estar vivas para usá-la no futuro.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160  Contato: (83) 8745 4396.

Nenhum comentário:

Postar um comentário