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segunda-feira, 13 de maio de 2013

A criança deprimida

Toda criança pode ter alterações de humor motivadas por circunstâncias adversas, tanto no meio onde vive quanto em seu interior. Tais alterações poderão ser consideradas "normais", desde que não sejam persistentes nem atrapalhem a sua vida social e acadêmica. Quando isto ocorre, pode ser que esteja em andamento um transtorno do humor, como a depressão.

Alguns pais, por acreditarem que a depressão é uma peculiaridade dos adultos, ignoram os comportamentos dos filhos pequenos, que apontam para o transtorno.

Quando uma criança possui uma família com histórico de depressão ou outro transtorno do humor, os cuidados devem ser dobrados. A depressão possui uma carga genética bastante evidenciada. Quando um pai tem ou teve depressão, os filhos possuem até três vezes mais chances de desenvolver o transtorno.

A criança deprimida pode se mostrar sem energia para resolver suas tarefas escolares; poderá apresentar pouco interesse nas brincadeiras; apresentar mudança de humor sem motivo, ficando triste ou irritado, repentinamente; poderá demonstrar que não gosta de si e expressar frases afirmando que ninguém no mundo gosta dela. É possível que crianças depressivas apresentem queixas fisiológicas como: dor de barriga ou dor de cabeça. 

Também é comum que a criança deprimida demonstre sintomas ansiosos como: medo da escola, medos específicos, pesadelos, noites mal dormidas, distração e irritação. Quando são muito novas, poderão apresentar perdas de habilidades que já haviam conquistados, como: diminuição da linguagem e enurese. Poderão surgir, também, dependência excessiva de pais ou cuidadores e dificuldade em adquirir peso e altura. 

Quando os pais presenciarem tais comportamentos em seus filhos pequenos e não conseguirem modificá-los, o ideal é que procurem ajuda profissional. Um acompanhamento psicológico adequado poderá tanto descartar a presença de um transtorno depressivo na criança quanto promover uma intervenção apropriada, evitando maiores sequelas.

A observação dos pais é primordial para detecção precoce de muitos problemas infantis. Sugere-se que os mesmos dediquem tempo para estar com seus filhos, a fim de proporcionarem assistência emocional e, também, de serem constantes observadores de seus comportamentos. Pais ausentes, tanto são facilitadores de depressão quanto evitam a identificação rápida do transtorno.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160   Contato: (83) 98745 4396.

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