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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Filho de Peixe é peixinho!

Muitos pais se decepcionam quando começam a perceber que seus filhos têm alguns comportamentos rebeldes. Ficam chateados, tentam coibir de qualquer maneira e frustram-se quando não conseguem administrar os fatos. Maior pavor existe quando percebem que aquilo que os filhos praticam hoje é muito semelhante ao que eles já fizeram nos tempos da adolescência. Existe, portanto, muito mais dos pais nos filhos do que se possa compreender.

Alguns pais acabam entendendo que o comportamento dos filhos é reflexo dos seus próprios, mas outros tentam puni-los, numa tentativa inconsciente de negar as próprias falhas. 

Evidentemente, não se pode pensar nisto como uma maneira de acobertar certos modos disfuncionais dos filhos. Mas, deve-se perceber que, tanto a herança genética quanto a comportamental, exerce forte influência nos comportamentos destes. Quanto à genética, a "culpa" dos pais torna-se indireta. É impossível evitar que os filhos herdem os genes paternos. Mas, quando se fala em herança comportamental, existe uma responsabilidade mais consciente dos genitores, sobre aqueles que geraram. 

Então, os pais precisam aprender a administrar os próprios passos, fazendo com que os filhos, que crescem ao lado deles, copiem bons modos para a formação de suas personalidades. Isto é tão importante que, quando algum adulto começa a analisar seus comportamentos, passa a perceber que a maneira de sentar-se, a forma de caminhar, o jeito como gosta de determinadas coisas, o sotaque, e muitas outras preferências, são muito próximas daquilo que seus pais costumavam apreciar. Logicamente, quanto mais próximos dos pais os filhos são criados, maiores serão estas possibilidades. Isto raramente se aplicará ao filho que foi educado pela tia, pelos avós ou pela babá.

O lado bom destas informações é que eles não herdam apenas os comportamentos desagradáveis. Não aprendem somente grosserias, intolerâncias e atitudes agressivas. Os filhos aprendem e imitam quase tudo o que os pais fazem. E, assim como copiam seus erros, farão, também, tudo de bom que os virem praticando. Poderão existir exceções, pois o ser humano é uma máquina complexa. Mas, os homens mansos de hoje, devem ter convivido com pais pacíficos, no passado. Aqueles que hoje conseguem superar as frustrações da vida podem ter sido influenciados por pais que não eram maldizentes ou esbravejadores. Infelizmente, nem sempre o melhor exemplo vem dos que criam seus filhos. Às vezes, a criança recebe uma influência melhor (e mais duradoura) de um parente, professor ou amigo, que acaba anulando a pouca referência recebida de seus genitores.

Por tudo isto, torna-se importante compreender que os pais precisam se tornar modelos agradáveis para seus filhos. Renunciar uma crise de desespero, diante de uma criança, poderá evitar que ela desenvolva pouca tolerância à frustração. Poderá fazê-la perceber que, assim como seus pais reagem bem às adversidades, ela deverá agir com calma diante das intempéries da vida.

Os pais nunca devem esquecer que seus pequeninos funcionam como "filmadoras humanas", que registram todos os seus atos, processam em suas mentes e passam a imitá-los, por toda a vida. Filhos podem até escolher profissões diferentes das dos pais, mas serão muito mais propensos a seguir seus modelos comportamentais. 

Assim como filho de peixe é peixinho, filhos de agressivos poderão ser agressores, filhos de pais irritáveis poderão desenvolver "pavio curto", filhos de "estressados" poderão aprender a não suportar sobrecargas emocionais. Portanto, os queridos pais devem se cuidar para não terem surpresas, quando se virem nos comportamentos de seus filhos. Todavia, caso isto ocorra, se buscarem compreender os motivos, terão maior chance de conciliação. 

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160   Contato: (83)8745 4396.

Leia também:  http://joacilpsicologo.blogspot.com.br/2013/01/adolescente-rebelde-como-lidar.html
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