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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Emoções - Como lidar Adequadamente?

Algumas vezes, poderá ser mais fácil administrar uma empresa, guiar um grande barco ou pilotar uma aeronave, do que lidar com as próprias emoções. É que elas costumam surpreender com manifestações inesperadas, em horas inoportunas. O problema se torna mais angustiante, quando passam a assumir o controle na vida das pessoas. Quando alguém toma decisões motivadas por emoções, o resultado nem sempre é satisfatório.

Para lidar adequadamente com as emoções deve-se ter em mente primeiramente a necessidade de reconhecer a influência delas sobre os comportamentos. E isto poderá ser fácil, desde que haja dedicação na investigação dessa relação. Uma criança que joga um brinquedo no chão, quando a mãe se nega a dar-lhe algo naquele momento, poderá estar sob motivação da raiva. Um adulto que pronuncia palavras agressivas contra outro em um momento de contrariedade, também, demonstra um comportamento sugerido pelo mesmo sentimento. 

Quando as emoções dominam, a razão se afasta. Mas não se deve esquecer o quanto elas são importantes para a vida. Mesmo a raiva, que tem sido vista como uma vilã, é um excelente mecanismo inato de defesa. Sem ela seria bem mais difícil enfrentar as adversidades da vida, pois sua presença estimula o homem a defender-se. O problema, então, surge quando a pessoa não sabe administrar adequadamente esta emoção. Todos os impulsos da raiva devem ser pareados pela razão, pois ela tem a função de regular a expressão da emoção. Agir apenas pela motivação emocional proporciona desajuste no comportamento.

Os grandes desentendimentos nas relações sociais sempre têm um fundo de emoção mal elaborada. O marido que agride a esposa, o filho que espanca o pai, o chefe que humilha o empregado, a moça que se deprime, o jovem que se isola, a criança que desafia, etc. Quem não cultiva uma boa relação entre emoção e razão sofre nefastas consequências das próprias ações.

Após reconhecer que os comportamentos sofrem influência das emoções, é importante treinar a habilidade de "atender e rejeitar" a um estímulo emocional. Aprender a dizer apenas "não quero", sem precisar quebrar objetos ou ferir pessoas. Rejeitar uma afronta, sem desafiar. Negar a própria vontade emocional. Entender que agir pela emoção não deve ser uma regra humana. São os animais que ferem para se defender. Os homens pensam, e não devem buscar uma defesa aliada à "brutalidade". Que inocência haverá no agredido que devora seu oponente impiedosamente? Aquilo que se faz motivado pela ira poderá prejudicar uma existência inteira. 

Para lidar corretamente com as emoções, também, é necessário conhecer aquelas mais funcionais e praticá-las diariamente. Quanto mais emoções boas forem vivenciadas, mais chances há de que as "ruins" sejam preteridas. Assim, quanto mais amor uma pessoa cultivar, menos ódio poderá desenvolver. Quanto mais alegria, menos tristeza. Quanto mais esperança, menos desilusão. Quando todos aprenderem a cultivar boas emoções, poderão desfrutar de maior equilíbrio nas relações interpessoais e na própria vida. 

Aqueles que passam horas aprendendo a trair, maquinando como se vingar e planejando uma boa forma de ofender, devem optar por gastar mais tempo procurando alegria, amor, tranquilidade, etc. Nada poderá ser tão gratificante do que a capacidade de ter as emoções sossegadas. 

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160.   Contato: (83) 8745 4396.

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