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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Disciplinar não é agredir!

Disciplinar está muito além do conceito de agredir, em que muitos pais, erradamente, acreditam. A disciplina volta-se para a educação, para fazer o outro aprender. Quando se diz que uma criança necessita de disciplina, deve-se entender, portanto, que ela precisa ser educada e ensinada da forma correta, sem a necessidade da agressão física ou psicológica. Para tanto, os pais carecem entender o verdadeiro significado da disciplina, no processo de desenvolvimento de seus filhos.

A criança é um ser em processo de aprendizado contínuo. Seus atos precisam ser supervisionados e corrigidos, quando necessário. A disciplina deve ocorrer como auxiliar neste percurso da aprendizagem. Sem ela, não poderá existir consolidação daquilo que se aprende. Entretanto, jamais deve ser confundida com punições excessivas, que humilham e criam sentimento de fracasso. 

Disciplinar é ensinar, com amor, através de regras que regulam cada etapa do aprendizado de uma criança. Quando um pai explica para o filho que não deve ficar na internet até pela madrugada, isto soa, em princípio, como uma regra. Quando o filho desobedece, rompendo a noite com o computador ligado, quebrando a "regra" imposta, deverá receber disciplina, pela desobediência. Caso contrário, não aprenderá que o pai é quem determina a forma de uma criança usar um computador. 

Mas, a disciplina tem variadas facetas e caminhos infindáveis. Quando se age com agressão na tentativa de corrigir um "erro", pode-se incorrer em algo totalmente contrário àquilo que se queria. Agredir não é o mesmo que disciplinar. Na agressão existe um sentimento de vingança. Uma vontade de punir movida por um sentimento de raiva. A disciplina age de forma pensada, ponderada e planejada. Um pai que agride motiva-se por sentimentos ruins. Aquele que disciplina inspira-se na razão, buscando uma forma de ensinar ao filho a forma correta de proceder.

Colocar um filho de castigo por uma atitude desorganizada que praticou, significa dar oportunidade de repensar sobre aquilo que fez. Isto não precisa ser feito com raiva ou com um "banho" de palavras de baixo calão. Basta que se dirija para a criança, olhe em seus olhos e aplique a "punição", preferencialmente depois de uma conversa bem estruturada.

Os adultos necessitam entender que as crianças não nascem sabendo "o caminho da padaria". Então, precisam ser levadas várias vezes pelo mesmo percurso, até que consigam fazê-lo sozinhas, de forma segura. Bater para ensinar é como pisar no ferimento para tentar curar. 


Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160   Contato: (83) 8745 4396.

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