Pesquise um tema aqui

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Comprometimento Cognitivo Leve

Trata-se da existência de déficits em uma ou mais funções cognitivas (memória, atenção, funções executivas, etc), sem que haja demência. As funções neuropsicológicas passam a ter funcionamento inferior quando comparadas a outra pessoa de idade semelhante. Mesmo com o Comprometimento Cognitivo, a pessoa mantem dentro da normalidade suas atividades essenciais da vida diária. É mais comum sua prevalência em idosos.

O Comprometimento Cognitivo Leve pode ser amnésico, quando a deficiência está relacionada à memória, e não amnésico, quando o atinge outras funções, sem perda de memória. Poderá, também, existir o tipo multi domínio, onde ficam comprometidas memória e outras funções.

Estudos sugerem que 10 a 15% das pessoas com CCL podem evoluir para a doença de Alzheimer. No entanto, esta evolução poderá estar ligada a fatores como idade ou nível de escolaridade baixa. A escolaridade baixa tem sido associada a doença de Alzheimer pela falta de exercício mental e não pela questão de nível escolar. Uma pessoa que estuda, exercita as funções neuropsicológicas. Isto torna mais distante um comprometimento cognitivo futuro.

A pessoa com CCL reclama constantemente de falhas de memória, e suas queixas, ao serem avaliadas, são confirmadas. Apesar do comprometimento, que poderá atingir várias funções cognitivas, não existe a demência. Isto é, basicamente, a diferença entre o CCL e o Alzheimer. 

Poderá haver esquecimento de compromissos, troca de nomes de pessoas conhecidas e até de familiares, perda de objetos que foram guardados e esquecidos. É comum existir dificuldade de atentar muito tempo em uma conversa, falta concentração e inabilidade em aprender algo novo. Quando existir comprometimento das funções executivas, se notarão falhas ao tomar decisões, tentar resolver problemas ou administrar valores. 

Além da predisposição genética, que se configura como forte fator de geração do CCL, as questões de falta de uso das funções cerebrais, o uso de drogas e álcool, também são somados como aliados do problema. 

Quando alguém sente que sua "memória" já não está tão bem quanto antes, deve procurar ajuda profissional . Uma avaliação neuropsicológica poderá ser o ponto de partida na busca de causas e soluções. Através de uma bateria de testes, entrevistas e observação, o neuropsicólogo investiga como anda o funcionamento cognitivo e providencia as orientações cabíveis, desde a necessidade de uma reabilitação até encaminhamento a outros profissionais.

Exames de imagens (tomografia, ressonância, etc) podem ajudar no diagnóstico, aliados à avaliação neuropsicológica e neurológica.

O CCL é um termo relativamente recente, mas tem sido investigado ininterruptamente por diversas áreas da ciência neurológica. 

É importante lembrar que o cérebro, como qualquer parte do corpo humano, está ligado à lei do uso e desuso, indicando que quanto menos ele é utilizado, mais estará sujeito a ser atrofiado. 

A prevenção para o CCL pode sugerir um estilo de vida onde a mente seja cotidianamente estimulada. Fazer palavras cruzadas, ler, realizar operações matemáticas sem ajuda de calculadora, memorar números de telefones de amigos, conhecer palavras novas do dicionário, aprender um novo idioma, etc. Tudo isto contribui para manter o cérebro ativo.

Joacil Luis - neuropsicólogo - CRP 13/6160   Contato: (83) 8745 4396.

Nenhum comentário:

Postar um comentário