Pesquise um tema aqui

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Autoestima nos relacionamentos

A autoestima poderá funcionar como importante reguladora dos relacionamentos. Seja entre marido e mulher, entre amigos, namorados ou demais familiares, quando a autoestima não está bem os conflitos podem ter mais chances de surgir. É importante, portanto, que antes de atacar os comportamentos agressivos nos relacionamentos, se verifique como está o nível de autoestima do agressor.

Autoestima é a forma como as pessoas se percebem. É aquilo que alguém pensa sobre si mesmo. A opinião que uma pessoa tem sobre ela própria. Quando este conceito de si não é satisfatório, as reações podem ser bem variadas. Alguns entristecem e mergulham no mar dos sentimentos depressivos, não se incomodando que percebam sua desilusão. Outros, porém, quando não avaliam bem a si próprios, tentam fazer de tudo para não serem percebidos da mesma forma como se vêem.

As estratégias para esconder o sentimento de baixa autoestima compreendem um leque de comportamentos que, muitas vezes, chega a confundir as verdadeiras intenções da pessoa. Dentre as muitas artimanhas para esconder sua opinião pessoal sobre si mesmo, está a agressividade. Muitas pessoas agressivas se sentem tão frágeis e incapazes que tentam agir como se fossem mais forte do que os demais. No entanto, isto é feito de forma tão incongruente (faz uma coisa e deseja outra) que acaba não ajudando na melhora de sua visão pessoal.

Muitos relacionamentos são "bichados" por comportamentos, inexplicavelmente, fora dos padrões sociais. São irmãos que se ferem com palavras, desconsiderando o fato de que o outro não merece suas investidas danosas. O problema é que um tem baixa autoestima e não consegue dizer para o outro que se sente inútil e que precisa de ajuda. Ele apenas fere, na tentativa de curar uma dor pessoal, que jamais fora causada pelo outro.

Quem tem baixa autoestima precisa de ajuda, mas necessita reconhecer isto. Assumir sua visão de si e não querer culpar o outro por sua percepção pessoal doente. O problema é que, muitas vezes, lançar-se contra o outro é melhor e mais fácil que assumir uma dificuldade.

Vale lembrar que a baixa autoestima tem mais relação com a pessoa interpretar erradamente certa limitação do que a própria limitação. Tem gente que sente muita dificuldade em aceitar que o outro é mais competente em determinada área do que ele. Isto poderá levar a baixa autoestima. Perceber o outro como superior na capacidade de realizar alguma tarefa não deve ser motivo para baixar a autoestima, mas de entender que não se pode ser bom em todas as áreas. Por isto existem tantas profissões diferentes. 

Tem muita gente sofrendo por conviver com pessoas de baixa autoestima. Sofre por não entender as motivações do comportamento do outro. 

É triste para uma namorada que espera o parceiro em casa feliz da vida, pensando que ele vai chegar cheio de alegria, e, repentinamente recebe um cara bem estranho, que começa reclamando do laço que ela pôs no cabelo, causando uma briga sem motivo. É sempre assim, ele chega e, do nada, inicia uma discussão. Ela, sem saber como agir, chora ou briga, também. Mas na verdade, precisaria investigar como este namorado se percebe ou como vai sua autoestima. 

Sem autoestima o homem se sente fraco, não gosta dos outros, não ri com as piadas engraçadas, não suporta, não tolera, não conversa, não perdoa e, principalmente, jamais aceita um "não". Portanto, antes de iniciar qualquer relacionamento, antes até de brigar com um parente, procure saber o que ele acha de si mesmo, busque conhecer seu nível de autoestima.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160   Contato: (83) 8745 4396.

Nenhum comentário:

Postar um comentário