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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Alimente o amor no seu casamento

Casais que não se amam mais transformam o casamento em um campo de batalha. Brigam ao invés de conversar, falam palavrões no lugar de elogios, agridem quando deveriam acariciar. Muitos cônjuges vivem assim, como se o amor que os uniu houvesse se perdido ou definhado pela falta de manutenção. O amor precisa ser cultivado, preservado, cuidado e mantido. Sem ele pode até existir casamento, mas não haverá felicidade, nem convivência salutar. 

É o amor que deve unir as pessoas. Só que este sentimento é confundido nas relações e bastante mal interpretado. Muitos pensam que ele sobrevive sem cultivo. Outros acreditam que é insolúvel. Há quem pense ser o amor algo mágico, que não acaba nunca, nem quando é maltratado, pisado, desprezado e preterido. Ainda há quem veja o amor como uma obrigação, onde o outro é forçado por normas legais, culturais e sociais a permanecer como sempre foi. 

São estas e outras fantasias sobre o amor que podem causar um prejuízo incalculável no matrimônio. Mesmo os casais mais apaixonados precisam alimentar o amor que os uniu. Eles necessitam acender diariamente a chama que os faz estar juntos. Necessitam cuidar do amor como cuidam do corpo, da alimentação, "da casa", do cabelo, etc. O problema é que muitos nem cuidam destas coisas! 

Muitos casais, após terem firmados os laços matrimoniais diante do juiz, passam a ver o outro como propriedade exclusiva. Mesmo casadas, as pessoas não pertencem umas as outras, como se fossem um objeto. Elas devem servir aos cônjuges, movidos por uma satisfação de estar agradando a pessoa amada. Os namorados são assim. Fazem tudo estimulados por uma satisfação em agradar o outro. Eles querem ver o outro feliz, para serem felizes. Mas, depois que casam, muitos deixam de fazer estas coisas por prazer e passam a fazer como um ritual, para cumprir a obrigação de esposo ou esposa. 

O grande segredo é cada cônjuge procurar ser para o outro como sempre foi, na época de namoro. Em resumo, é permanecer namorando, mesmo após o casamento. É tratar o companheiro como se ainda fosse seu namorado ou namorada. É respeitá-lo da mesma forma que fazia quando namoravam, abraçá-lo na mesma intensidade e preparar-se para recebê-lo como sempre fez na época do namoro. 

Além do mais, casamento implica em uma sociedade onde os dois têm partes iguais, mas cada um é dono de tudo. Assim, quando um estiver desestimulado, caberá ao outro fazer a sua tarefa. Isto não implica amar pelo outro, mas provocar, acender, animar, garimpar e fortalecer os motivos que façam o amor crescer. Cônjuge desmotivado não melhora com briga e agressividade, mas com doação, compreensão e carinho.

Muitos casais precisam voltar à época do namoro. Sentar no mesmo banco, olhar a mesma lua, tomar o mesmo refrigerante e buscar os mesmos sentimentos. Mas, acima de tudo, fazer coisas novas, agradáveis e prazerosas. Não há marido que suporte a mulher que se transforma em uma dona de casa mal arrumada, suja, assanhada e fria, que o espera toda noite com a mesma roupa, sentada na mesma poltrona, já corroída pelo seu suor. Nenhuma esposa aguenta o marido que chega mal humorado, que não toma banho, que senta à mesa sujo e que conserva um hálito horrível, provocado pela falta de higiene bucal.

Os pequenos detalhes podem alimentar e fortalecer o amor ou podem destruir e apagar qualquer sentimento bom que um dia existiu. Quando há cultivo do amor, haverá sempre óleo para lubrificar as engrenagens do casamento e suportar as ranhuras da vida. Os casais deveriam passar mais tempo procurando saber como avivar o amor entre eles, a ficarem ociosos nas esquinas, calçadas, diante da TV e na rua, como se não tivessem um casamento a zelar. Quem casa, ama e cuida, tem mais chances de permanecer casado.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160    contato: (83) 8745 4396.

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