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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Mau Humor - Convivência Insuportável

Conviver com alguém que tenha humor perturbado poderá não ser uma tarefa agradável. As brigas podem aparecer tanto provocadas pelo mal humorado quanto por pessoas que estão ao redor, vitimadas pelo contágio perturbador deste transtorno. Estar de mau humor uma vez no mês já se torna algo terrível para quem convive, mas há pessoas que são perturbadas pelo humor doente quase todos os dias. Neste caso, não se trata de um simples comportamento mal humorado, mas de uma patologia conhecida como Distimia.

A diferença básica entre este problema e a depressão é  que, na última, poderá existir (em nível mais elevado) um estado de prostração, desinteresse pela vida, perda do prazer e isolamento social. Na distimia, devido à cronicidade do problema, a pessoa leva uma vida consideravelmente "normal", trabalhando e convivendo em sociedade (mesmo com dificuldade). No entanto, seu estado de humor é perturbado e perturbador. O distímico vive reclamando, insatisfeito com tudo. Não consegue se agradar de nada, é ranzinza e mal humorado na maior parte do tempo.

É comum casais brigarem com queixa de que o outro é "chato" e "reclamão". Neste caso, poderá haver um caso de distimia. Como o transtorno não incapacita a pessoa, muitos convivem com ele por longos anos, sendo excluídos da boa convivência em grupo e, em muitos casos, do bom relacionamento em família. 

A distimia é uma depressão leve, porém crônica. Não aparece repentinamente como a depressão, nem precisa de algum evento triste ou traumático para se manifestar. A pessoa com esta doença vive "carregada" de baixa autoestima, irritabilidade, desânimo, tristeza, mau humor, etc.

Para diagnosticar a distimia é necessária uma avaliação clínica. Geralmente os sintomas já citados precisam existir há mais de 02 anos. Muitos confundem os comportamentos típicos da distimia com traços de personalidade. Isto poderá ser crucial na hora de identificar o problema.

Geralmente a pessoa com humor depressivo crônico não tem muitos amigos, não costuma participar de reuniões familiares, prefere a solidão (nem sempre por opção, mas pela influência do transtorno). O distímico poderá ser o namorado chato, o marido difícil de conviver, o amigo insuportável, o irmão perturbador, etc.

A compreensão e a identificação precoce do problema poderão ser de grande ajuda para o tratamento. Um passo importante é que a pessoa seja convencida que tem um problema de humor e que precisa de ajuda profissional. Um bom acompanhamento psicológico e psiquiátrico poderá ser suficiente para o tratamento da distimia.

Vale lembrar que não se trata de uma doença de idoso ou adulto. Ela poderá surgir em qualquer fase da vida, sendo mais comum na adolescência. Quanto mais cedo for iniciado um tratamento, mas rápido poderá ocorrer a reabilitação do humor.


Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160  contato: (83) 8745 4396.

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