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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pensamento x sentimento x comportamento

Existe uma relação estreita entre o que se pensa, o que se sente e a maneira como se comporta. As três coisas estão intrinsecamente ligadas de forma que, sempre que uma é alterada, a outra se modifica. Muitas vezes, as pessoas não percebem esta relação e acabam agindo por influência de um pensamento ou de uma emoção, sem saber o que motivou o comportamento.

O pensamento exerce uma influência marcante em tudo que o homem realiza. Ele motiva ou desmotiva, agiliza ou monotoniza, leva a alegria ou faz cair em profunda tristeza. Tudo depende da forma como interpreta os fatos. São os pensamentos que dão cor a mente. Aliás, eles formam um processo complexo que poderia ser compreendido como a própria mente. Alguém que não pensa pode ser entendido como alguém sem mente. 

Tudo que chega ao cérebro humano através dos órgãos dos sentidos é processado mentalmente e questionado pelos pensamentos. Os pensamentos, para ocorrem, recorrem aos dados armazenados na memória, através dos quais produz uma conclusão sobre o que acabou de ocorrer. Os dados armazenados anteriormente servem, então, como base para que os pensamentos aconteçam. Se houverem coisas boas relacionadas a determinado evento, é provável que os pensamentos, de forma automática, sejam levados a concluir que tal evento é bom. Mas, ao contrário, quando as informações armazenadas na memória dizem coisas ruins sobre o evento, os pensamentos, também, de forma automática, são levados a concluir que o evento se relaciona com o mau.

No entanto, os processos cognitivos (pensamentos), não devem ocorrer de forma tão automática. Antes de deixar um pensamento dominar a percepção do evento, deve ser considerado  que um evento pode ter mais de uma interpretação e que, nem sempre, a relação entre o evento e o que já está na memória será igual.

Considere-se um adolescente, aqui chamado de Luk, que desde criança acompanhava a história de um coleguinha criado por uma madrasta má. Sempre ouvia o amigo dizer que apanhava e sofria muita agressão por parte da madrasta. Quando Luk precisou, no oitavo ano, escrever uma redação sobre os filhos órfãos, destacou de forma enfática que todas as madrastas eram figuras perversas e que aqueles que eram criados por elas estavam destinados ao sofrimento.

É evidente que a memória de Luk estava repleta de dados maus com relação a figura da madrasta. Isto permitiu que seus pensamentos o fizessem concluir que toda madrasta era má. Mas, é sabido por todos que isto não é uma verdade absoluta. Existem muitas crianças criadas por mães substitutas que são felizes e que as amam. 

O fato do adolescente ter escrito coisas terríveis relacionadas à figura da madrasta, deve-se a relação existente entre o que se pensa, o que se sente e o que se faz. Primeiro Luk pensou que as madrastas eram todas más, este pensamento despertou seus sentimentos de tristeza e raiva, estes o levaram ao comportamento de escrever uma redação inteira dedicada a "perversidade das madrastas".

Para entender melhor esta relação, suponha-se que Luk, mesmo contra sua vontade e seus sentimentos, fosse levado a conviver com uma madrasta durante alguns anos. Considere-se que esta lhe houvesse dedicado muito carinho, cuidado e afeto. A princípio, o jovem seria forçado a se comportar como enteado, mas depois, este comportamento iria levá-lo a ter bons sentimentos e, posteriormente, passaria a pensar de forma diferente com relação a figura da madrasta. 

Muitas vezes, as pessoas não querem fazer algo porque estão deprimidas ou entediadas. Alimentam o pensamento de que nada traz prazer e acabam ficando deitadas o tempo todo em uma cama. Se tais pessoas fossem levadas a desenvolver alguns comportamentos prazerosos, é provável que pudessem sentir emoções boas e modificar os pensamentos de que nada mais é prazeroso. 

Comportar-se, sentir e pensar (ou vice-versa) é algo que pode definir ou decidir o completo bem-estar do indivíduo. Nem sempre o pensamento concorda com o que sentimos e, nem sempre, sentimos como deveríamos nos comportar, mas, por sermos humanos e dotadas de consciência, devemos fazer uma coisa mesmo que a outra não aceite, para, no final, chegar a harmonia e normalidade.

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Joacil Luis - Psicólogo - CRP  13/6160         Contato: 83 98745 4396 / 99962 5283.

6 comentários:

  1. Seu artigo me ajudou muito. Obrigado e parabéns.

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  2. Joacil,

    Parabéns pelo artigo, achei muito interessante e auxiliou-me na compreensão da relação dos pensamentos remeterem a nossas experiências passadas.

    Obrigada.

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  3. como agir c um filho de 16 anos que so dorme fora de casa nao da satisfaçao e nao respeita eu como mae

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    1. Bom dia! Sugiro que você procure um psicólogo com experiência em família. Talvez, ela possa lhe ajudar. Por aqui não posso fazer muito por você, infelizmente. Abraço.

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