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terça-feira, 19 de junho de 2012

Aplicando o castigo corretamente à criança

Muitos pais, quando são orientados a aplicar  o castigo como correção para comportamentos indesejados, asseguram que não funciona com seus filhos. Explicam que a criança não cumpre o castigo, que  não obedece quando é mandada para o "canto chato" (local do castigo), que fica chorando e pedindo para sair e que, assim,  nunca conseguem aplicar tal intervenção. 

Alguns passos importantes devem ser considerados na hora de optar por colocar uma criança de castigo:

1. Ambos os pais, e até outros adultos que lidam com a criança (às vezes, os avós) precisam estar de acordo que os comportamentos da criança são desagradáveis e que precisam de intervenção. A aplicação do castigo também deve ser consensual.

2. Na hora de comunicar à criança que ela irá cumprir um castigo, o adulto deve ter uma voz firme, mas neutra. Não deve se contaminar pelo ódio ou pelo desespero. É necessário ter em mente que a intenção é educar a criança e não agredi-la. Se um pai, ou mãe, deixa que a desobediência de seu filho lhe tire o controle, deve rever sua forma de lidar com as emoções. Pais excessivamente emotivos acabam deixando-se guiar pelo "coração", que nem sempre é um bom orientador.

3. O local e o tempo do castigo formam outro fator importante. O local deve ser neutro e sem qualquer estímulo prazeroso, mas não precisa ser um calabouço escuro, úmido e fétido. O ideal é um canto no corredor ou em outro cômodo da casa. Não deve ser o quarto e, muito menos, a cama. Pode-se colocar a criança sentada em uma cadeira virada para a parede de forma que ela não fique com acesso à TV ou outros atrativos. Para a questão tempo, considere-se um minuto para cada ano de vida. Castigos excessivamente demorados podem não surtir o efeito esperado.

4. Nunca prometa colocar uma criança de castigo, se não tiver condições de cumprir. Isto a faz entender que você só ameaça, mas não tem coragem de cumprir. Também nunca se deve retirar a criança do castigo antes que o tempo determinado tenha se cumprido, mesmo que chore, que se desculpe e que implore. As desculpas devem ser aceitas, mas ela precisa entender que isto não a isentará da punição.

Os pais, antes de tudo, precisam cultivar o equilíbrio emocional para lidarem com seus filhos. Colocar uma criança de castigo, não significa odiá-la ou tratá-la com desprezo, mas dar-lhe a chance de refletir sobre seus comportamentos para modificá-los. Depois do castigo, após o filho se desculpar, os pais não devem mais falar sobre o ocorrido. Muitos ficam remoendo a falha da criança, mesmo depois de puni-las. Este não é um comportamento saudável. 

Por fim, é bom saber que filhos não gostam de pais melosos, excessivamente sentimentais, muito permissivos, sem autoridade e com pouca iniciativa. Crianças gostam de pais que as dirijam, orientem, disciplinem, mostrem o correto, ensinem a tomar decisões e a viver de forma correta. Corrigir o filho hoje é oferecer-lhe oportunidade de ter segurança nas decisões de amanhã.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160      Contato: 8745 4396.


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