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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Frieza sexual

Algumas pessoas não conseguem sentir vontade ou não podem ter prazer em se relacionar sexualmente. A bem conhecida frieza sexual tem atrapalhado, a até desfeito, muitos casamentos. É complicado para um parceiro entender as verdadeiras causas que levam o outro a não querer sexo. Quando se fala em casamento, para muitos, ou para a maioria, o sexo é o fator chave, a mola principal, a coluna de sustentação. Quando ele não existe, a relação entra em choque e pode se desfazer. 

Algo que deve ser considerado sobre a inibição sexual, é a história de vida do indivíduo. É provável que crianças que foram forçadas a praticar sexo por algum tempo, possam desenvolver uma apatia sexual no futuro. Isto, porque o sexo forçado sufoca o desejo. E aquilo que era para estimular o querer, acaba promovendo a inibição e o desinteresse. 

Considerando apenas este ponto, imagine uma criança que foi violentada sexualmente por vários anos. Após a violência ser descoberta e aniquilada de alguma forma, para os que estão de fora, a vida, paulatinamente, volta ao normal, mas não para a vítima, que guarda em seu inconsciente memórias remotas, que aos poucos vão se tornando despercebidas, de momentos de agressividade sexual que lhe trouxeram muita dor, nojo e humilhação. 

Se faz necessário um trabalho psicoterápico, no sentido de fazer esta vítima desligar as lembranças dolorosas na relação sexual e abrir oportunidade para novos registros de experiências prazerosas. Ela necessitará entender a diferença entre o sexo forçado, que causa dor e a relação cercada de amor, que produz prazer. Até perceber isto, poderá haver muito medo manifestado através da frigidez. A paciência e o carinho do cônjuge devem prevalecer nestes momentos.


Neste caso, a frigidez não seria algo físico ou uma preferência qualquer, como se dependesse da pessoa a escolha de não gostar de sexo. Trata-se, sim, da sequela psicológica de uma experiência traumática ocorrida na infância. Então, até como um paliativo psicológico, sugere-se a priori, que os casais vitimados pela frigidez sexual, estejam prontos para dialogarem e se compreenderem mutuamente. Em muitos casos,  a compreensão é uma  forma  sabiamente terapêutica de amar.


Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160  Contato: 83 8745 4396

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