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sexta-feira, 27 de julho de 2012

A criança e a TV

A Televisão tem se mostrado uma excelente fonte de entretenimento para todas as idades. Geralmente, poucas pessoas conseguem ficar um único dia sem assistir algo na TV. Para quem tem criança em casa, o hábito de ver televisão tem se tornado um apoio agradável para as mães, que conseguem realizar suas tarefas enquanto as crianças assistem os desenhos animados. Ficar o dia inteiro na frente da TV não é novidade para a maioria da população infantil. No entanto, ter atenção para a programação que os filhos assistem, deve ser um hábito indispensável na vida dos pais.

A facilidade em acalmar os filhos pequenos por muito tempo, pode fazer muitos pais permitirem que a TV seja mais que um objeto de entretenimento. Muitos permitem que ela seja educadora dos filhos sem observar que tipo de ensino está sendo absorvido pelas crianças. O comodismo e a tranquilidade de ter o bebê calmo diante da TV, faz os pais ensinarem desde muito cedo aos filhos o comportamento de passar muitas horas diante da tela.

Quando as crianças crescem o hábito de ver TV, que fora estimulado pelos próprios pais, torna-se uma zona de conflito na família. Primeiro porque os filhos não querem abrir mão da programação preferida, já incutida na sua mente desde a primeira infância. Em segundo lugar vem a questão dos comportamentos aprendidos com os desenhos ou personagens de filmes e novelas. Os filhos querem viver da forma que "seus educadores virtuais" lhes ensinaram e os pais querem, tardiamente, impor limites para algo que sempre foi permitido.

A idade de se iniciar a implantação de limites para os filhos é desde a mais tenra infância e não no início da adolescência, como muitos pais desejam. O conflito aparece quando os púberes começam a se vestir, maquiar, cortar os cabelos e se comportar como os personagens da TV. Alguns pais nem sabem onde os filhos aprenderam tanto comportamento "diferente". Mas, se tivessem acompanhado a programação e o tempo que eles passavam, quando criança, aprendendo dos programas televisivos, certamente saberiam.

A televisão pode ser um importante meio de informação, pode transmitir notícias importantes, instruir, informar, entreter, etc. Todavia, as crianças não têm condição de separar o saudável do danoso. Elas aprendem tudo. As famílias vivem ocupadas demais para assistir TV com suas crianças. Isto torna uma programação virtual mais importante e presente do que muitos pais. Enquanto os pais trabalham excessivamente, personagens fictícios fazem companhia e ensinam aos filhos pequenos sobre como devem se comportar na vida.

A permissão para tal educação desenfreada vem, também, quando os pais reforçam a amizade da criança com alguma figura animada, comprando uma miniatura do desenho para o filho. Longe de querer ser extremista, pois o brincar faz parte do desenvolvimento infantil, mas cabe ressaltar que uma criança que está "apaixonadinha" por um desenho que ensina mentir e fazer crueldade, ao receber de presente dos pais um boneco da figurinha querida, pode interpretar que os pais permitem que ele faça tudo que o desenho ensina. Afinal, os pais tiraram o desenho da virtualidade e lhe trouxeram de presente.

O entretenimento da criança através da TV não é algo totalmente condenável, mas deve ser limitado, observado e monitorado pelos pais. Assim como a mãe seleciona o melhor alimento para seu filho, deve escolher bem a programação que ele pode ver na TV.

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160            Contato: 83 8745 4396.

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