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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Características do Viciado

Foto: Júnior Paiva
O uso de substâncias como álcool e outras drogas tem sido bastante divulgado pela mídia como um hábito prejudicial e perigoso. Mesmo assim, muitos utilizam estas coisas de forma natural, como se ignorassem o mal que elas podem causar. Para justificar o comportamento costumam dizer que não são viciados e que podem parar na hora que desejarem. Abaixo, segue uma relação de características que comprovam a existência da dependência química para aqueles que se enquadram em apenas duas delas:


1. Ingerir a substância em quantidade ou período de tempo maior que o planejado. Muitas pessoas saem de casa afirmando que irão beber apenas uma "cervejinha". Após o primeiro copo, perdem o controle e continuam bebendo até altas horas. Voltam para casa embriagados, mas não reconhecem que não conseguem controlar o comportamento de usar o álcool.

2. Desejo ou tentativa mal-sucedida de diminuir ou parar de usar a substância. Neste caso existe a vontade do usuário em parar ou simplesmente diminuir o uso de alguma substância, mas não consegue. Fica claro que a droga controla seus desejos.

3. Gastar tempo excessivo comprando, usando ou se recuperando dos efeitos causados pela substância. Muitos perdem empregos por não cumprirem o horário de trabalho. Eles precisam de tempo para adquirir e usar a droga. Precisam faltar ao trabalho ou chegar atrasado por algum envolvimento com o comportamento de usar a substância.

4. Diminuir ou deixar de fazer alguma atividade prazerosa ou social por causa da droga. Pais usuários de substância não costumam ter tempo para o lazer com a família ou realizar alguma atividade com os filhos. Isto tem destruído muitos lares. O uso da substância assume a primazia na vida da pessoa.

5. Uso frequente da substância apesar de saber que ela é a causa de muitos problemas físicos ou psicológicos. A pessoa nesse nível não possui mais força para interromper o uso do álcool ou de outra substância. A volição já tem sido dominada e, mesmo sob risco de morte, o uso contínuo não é interrompido.

6. Necessidade de aumentar a quantidade da substância ingerida para poder obter o mesmo prazer que antes tinha com uma quantia menor. Dá-se a isto o nome de tolerância. O indivíduo não consegue o efeito desejado com a mesma quantidade da substância utilizada e necessita aumentar cada vez mais. Para o uso de álcool, por exemplo, o efeito que antes era conseguido com algumas cervejas, necessita, agora, de uma bebida mais forte para ser atingido. 

7. Aparecimento de sintomas físicos ou psicológicos causados pela interrupção ou diminuição do uso da substância, necessitando usar outras drogas para amenizar a crise. Esses sintomas são denominados crise de abstinência. Neste nível o organismo do indivíduo necessita da substância para funcionar. A retirada poderá causar sintomas que necessitem da intervenção farmacológica. 

O comportamento de usar álcool e drogas deve ser entendido como algo que concorre para a destruição da vida. Mas, antes de destruir a própria vida do usuário, causa muita destruição física, psicológica e social. Atinge famílias, destrói amizades, arruína a vida financeira e  escraviza.

Como o vício surge de forma paulatina e não abrupta, a maioria das pessoas que cultivam estes hábitos, não consegue perceber que está sendo dominada pela substância. 

A forma mais correta e segura de prevenir o vício é abster-se totalmente de usar tais substância. Quem nunca provou tem nenhuma chance de se tornar viciado. 

Joacil Luis - Psicólogo - CRP 13/6160         Contato: 83 8745 4396.


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