Pesquise um tema aqui

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Suicídio - Por que rejeitar a vida?

Chega a assustar o número de pessoas que praticam suicídio. As estatísticas mostram que jovens, idosos, ricos, famosos e pessoas comuns têm entrado por este caminho de morte. A pergunta que sempre vem após a notícia é: o que leva uma pessoa a tirar a própria vida? Talvez a resposta nunca satisfaça, principalmente aos entes que são deixados para trás. No entanto, as causas para o suicídio são inumeráveis, desde fatores sociológicos até aqueles que estão intimamente ligados ao sujeito.

O destaque aqui é para a dor. Há pessoas que são muito sensíveis à ela. Mas, a referência não é para a dor física, mas psicológica. A dor que machuca alma, os pensamentos, os sentimentos. Não é visível, mas perceptível. É tão profunda que, em muitos casos, quem sente não sabe descrever. É tão persistente que não pode ser detida com fármacos. Não é contagiosa, mas pode fazer sofrer uma família inteira.

A dor que atinge a alma é uma grande aliada do suicídio. Ela faz o indivíduo acreditar que nunca será feliz ou que nunca se livrará dela. Na maioria dos casos vem acompanhada do silêncio, que torna o indivíduo incapaz de falar sobre o que está sentindo. É neste ponto que a dor prevalece, pois a fala é aliada da cura e pode ajudar muito na hora de livrar-se da aflição. 

Um outro fator que deve ser anexado às causas do suicídio é o histórico familiar. As pesquisas apontam que quando existe um caso de suicídio na família, há maior chance de que o fato se repita. Filhos de pais que tiraram a própria vida, segundo os estudos estatísticos, podem ser mais vulneráveis a fazer o mesmo.

Ademais existe o fator biológico, onde os níveis baixos de serotonina também podem contribuir para a desistência da vida. A falta deste neurotransmissor pode tornar o indivíduo mais suscetível aos impulsos de reação exagerada às situações estressantes.

A existência de um transtorno do psicológico pode, também, ser um facilitador do suicídio. As pesquisas mostram que 90% das pessoas que se mataram sofriam de um transtorno do humor.

Mesmo não sendo contagioso, as estatísticas revelam que cerca de 5% dos casos de adolescentes que tiraram a própria vida, estavam imitando outros. Isto mostra que a forma como o suicídio é divulgado pode encorajar os tendenciosos que estejam apenas com o pensamento de se matar. Muitas vezes a imprensa tem uma grande preocupação em mostrar de forma heróica a notícia de um suicídio. Revela detalhes e mostra que o indivíduo tirou a vida lutando em prol de algum objetivo. Esquece de mostrar que esta forma de tentar resolver problemas é totalmente inútil.

A educação, a verdadeira notícia e uma boa observação sobre os comportamentos dos familiares que apresentem alguma ideia, mesmo que mínima, a favor do suicídio pode ser vital para a prevenção deste mal. Nunca se deve ignorar uma ameaça suicida. Nunca se deve pensar que ficará apenas na ameaça. Qualquer resquício de comportamento sobre o assunto deve ser rigorosamente averiguado e, se possível, com encaminhamento da pessoa para avaliação psicológica.

Joacil Luis - Psicólogo  -  CRP 13/6160                                     Contato: 83 8745 4396.

Um comentário: